Orgulho açoriano

Depois de termos ficado arredados pela luta pela subida na jornada anterior, o jogo com o Fafe serviu apenas para cumprir calendário.

As primeiras contrariedades começaram quando inexplicavelmente a nossa Associação resolveu marcar um jogo da Taça de São Miguel com o Operário (0-0) para 5.ª feira, ou seja menos de 48 horas de diferença para este jogo. Inexplicável esta atitude, ainda para mais com os nossos jovens a terem de viajar no dia seguinte e jogar em relva, superfície mais desgastante, e para piorar ainda na hora do jogo estavam uns abrasadores 30 graus.
Pese embora estas contrariedades a equipa apareceu disposta a não deslustrar tudo o que tinha feito até então, lutando mais uma vez pela vitória. O jogo foi bem disputado com maior pendor ofensivo do Fafe e a nossa equipa em transição a procurar assustar a baliza adversária.
O Fafe foi a primeira equipa a adiantar-se no marcador, numa boa jogada de envolvimento, mas respondeu bem a nossa equipa chegando ao empate antes do intervalo.
Na segunda parte o desgaste fez-se sentir de forma mais acentuada e numa perda de bola infantil o Fafe chegou novamente à vantagem, a partir dessa altura começaram a faltar as forças para voltar a assumir o jogo, mas nunca baixaram os braços os nossos rapazes e aqui e ali iam ameaçando a baliza do Fafe, que também dava mostras de algum cansaço.
O jogo terminou com 2-1, resultado que se aceita mas que se fosse o empate também seria um prémio justo pelo espírito de sacrifício, atitude e entrega dos nossos rapazes.
O balanço da nossa participação nos nacionais, em termos de resultados não é positivo mas o balanço a nível de crescimento e aprendizagem é altamente positivo, a nossa equipa enfrentou equipas de outro nível competitivo e bateu-se em todos os jogos de igual para igual, discutindo sempre o resultado com os seus opositores, todavia no que respeita ao cuidado com os pormenores fomos sempre inferiores, sobretudo por falta de hábito competitivo.
Resta continuar a trabalhar e encontrar estratégias que permitam elevar o nível dos nossos atletas para que quando inseridos neste nível de competição a adaptação seja mais fácil.
Uma palavra para os dirigentes e as gentes de Fafe que foram de uma simpatia e delicadeza únicas, apoiando e acompanhando a nossa equipa de forma irrepreensível. Para eles o nosso muito obrigado.
A outra referência é para a triste lesão de Iuri (fractura da cana do nariz) que teve de ser transportado para o hospital do Porto e que não poderá voltar a jogar este ano. Mais uma vez gostaríamos de agradecer o apoio da família Brochado (familiares de um jogador do Fafe) que ajudaram e apoiaram o jogador e grupo nesta situação complicada, tendo inclusive aberto as portas da sua casa para o receberem…
São estas manifestações de solidariedade e amizade que nos fazem acreditar que o futebol é mais que um mero negócio e é efectivamente um veículo promotor de valores e ideais que se querem para uma sociedade mais civilizada e solidária. Assim vale a pena…
O Santa Clara alinhou com: Rafa; David, Filipe, P. Jorge e Hugo; T. Pedro (Bruno), B10 (Tavares) e Diogo; B. Melo, Iuri (Tiago) e Hélder.
Golos: B10.
Treinadores: Pedro Bermonte e Vitinha.

fonte: site oficial do CLUBE DESPORTIVO SANTA CLARA